quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Exposição Escultura Daniel Oliveira 2009
Djed é o nome de um símbolo da civilização do Antigo Egipto associado à resistência e a estabilidade.Pode ser descrito como uma coluna com uma base larga que possuía na parte superior três ou quatro barras horizontais cruzadas. O significado exacto desta coluna é incerto. Tem sido proposto que seria uma árvore sem ramos, uma coluna obtida a partir de um feixe de canas ou um poste com cereal atado. De acordo com uma passagem do Livro dos Mortos o djed era a coluna vertebral do deus Osíris, divindade associada ao mundo dos mortos. Em virtude desta ligação a Osíris o djed poderia também ser representado com cabeça e braços, segurando nas mãos ceptros. Era por vezes pintado no interior dos sarcófagos, no local onde deveria repousar a coluna vertebral. Era também usado pelos egípcios como um amuleto (feito na maior parte dos casos em faiança), que se considerava importante no processo de transformação na forma espiritual que se teria no Além. A escultura “Djed”, propõe reinterpretar este símbolo do antigo Egipto, na sua morfologia. Removido do seu contexto, surge como uma forma abstracta, um tubo em aço e quatro discos em madeira radiando do interior.
“Aron”, palavra hebraica para arca, remete-nos para a arca bíblica construída por Moisés, segundo ordens divinas, onde ficaram guardadas as tábuas dos dez mandamentos, o maná e a vara de Aarão. Venerada pelos judeus, como objecto sagrado, até ao seu desaparecimento, a arca está rodeada de lendas e mistérios que nos fascinam desde sempre. Perdida ou procurada para sempre, a escultura “Aron” recria um elemento de dimensões simbólicas e espirituais, extensas. Aproximando-se das dimensões da arca bíblica, não pretende ser uma recriação literal, mas sim alegórica. Como uma “escultura hermenêutica”, “Aron”, interpreta um objecto que é testemunhado apenas pelos textos sagrados, apresentando-o à nossa compreensão de forma palpável.